Recentemente, a polícia cazaque invadiu pelo
menos duas reuniões cristãs, nas cidades de Temirtau e Taraz. Na ocasião
do domingo de Páscoa, os agentes emitiram, quatro multas sumárias
totalizando um valor que se aproxima a 9 meses de salários. De acordo
com vários cristãos que se queixaram ao Fórum 18 (Organização dos
Direitos Humanos para Liberdade Religiosa), as multas dadas para aqueles
que se reúnem religiosamente estão aumentando.
Em um caso separado, um tribunal da cidade de
Almaty, no sul do país, proibiu os fiéis de uma igreja de se reunir por
três meses (de 13 de abril a 12 de julho). O tribunal também emitiu uma
multa pela realização de culto em um local diferente do endereço
registrado pela igreja. Um cidadão indiano, associado a igreja, está
apelando na justiça por causa da multa. Por outro lado, um dos
funcionários do Departamento de Assuntos Religiosos de Almaty, Karshyga
Malik, disse ao Fórum 18, que os casos administrativos contra a igreja e
também do cidadão indiano, estavam entre os 33 casos registrados desde o
início de 2017.
A intenção das autoridades do Cazaquistão é
punir aqueles que se reúnem sem a autorização do Estado. Os governantes
alegam que as reuniões cristãs precisam ser registradas e que "desafiar
essa restrição é enfrentar a própria polícia e os funcionários do
governo". Um dos Conselhos de igrejas cristãs disse à mídia que começou
"uma nova onda de ataques contra a igreja no país". Segundo o Conselho,
os tribunais aplicaram cerca de 20 multas desde o começo do ano. Embora
seja possível contestar tais multas através do ministério público, é um
processo difícil, semelhante às condenações judiciais, já que é
necessário apresentar um recurso ao tribunal superior.
Portas Abertas